Patrocinio SPFC 2012

29 de março de 2012

O SPFC esta dependendo apenas do corinthians para fechar seu novo acordo de patrocinio, caso os gambás não fechem com a HIPERMARCAS o tricolor irá fechar e é justamente por isso que não foi fechado o acordo com a LENOVO ainda,falta apenas fechar esse mês para a decisão, os valores giram em torno de 35 a 38 milhõees de reais.Lembrando que o SPFC ainda negocia com a Hyundai,porem o valor gira em torno de 25 a 30 milhões valores bem abaixo que o tricolor pretende.

por: Julio Magalhães


Continuando a nossa homenagem…

29 de março de 2011

Feliz 2011 Boleiros!

15 de janeiro de 2011

Iniciamos hoje a temporada 2011 do futebol brasileiro.

Com o andar da Copa São Paulo sem nenhuma grande surpresa até o momento, teremos neste final de semana a estréia dos times principais no Campeonato Paulista.

O atual campeão Santos é o favorito a levantar novamente o caneco, porém, assim como o Corinthians, o time disputa a Taça Libertadores da América, o que pode de certa forma facilitar o caminho de Palmeiras e São Paulo até as finais do torneio.

Com o mercado do futebol em ritmo reduzido e a manutenção dos elencos estabelecidos no ano passado, não temos muitas contratações por parte dos quatro grandes paulistas. A única surpresa até o momento fica por conta da repatriação de Elano a equipe santista.

Algumas sondagens continuam sendo feitas a respeito de transferências de jogadores, mas ao que parece as equipes estão dando certa atenção as suas categorias de base, sempre cheias de promessas.
Lembro e defendo que o modelo de formação de jogadores é certamente o único sustentável ao futebol brasileiro, assim como é feito na brilhante equipe de Barcelona e totalmente o contrario da política adotada pelo quase sempre cambaleante Flamengo, ainda que conte com Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e o diabo a quatro.

Não podemos nos esquecer também dos times de menor expressão que a cada ano nos surpreendem com suas equipes ofensivas, como o Santo André do ano passado.

Veremos o que acontece nesta primeira rodada.

Um grande abraço!

Rafael Manzoli


O que Esperar Daqui pra Frente: O Projeto

13 de outubro de 2010

O São Paulo tem adotado uma postura diferente nos últimos jogos. O time tem jogado insinuantemente avançado, valorizando o futebol dos atletas e chamando a atenção da torcida, ainda que esteja deixando a desejar por toda a temporada. Esta mudança aconteceu após a diretoria enfim trazer um técnico de renome para o clube.

Ainda que as esperanças estivessem voltadas para Autuori e Abel Braga, a surpresa PC Carpegiani não chegou sob desconfiança nem da diretoria e nem da torcida, o que faz parecer que as possibilidades foram estudadas minuciosamente e a decisão foi confiantemente tomada.

Com certeza o trabalho de Baresi em lançar novos jogadores surtiu efeito, uma vez que Casemiro e Lucas são titulares absolutos da equipe e Diogo, que fez sua segunda partida entre os titulares, também foi muito bem preparado pelo interino, que o indicou diretamente ao novo técnico.

Carpegiani tem usado da sua competência e experiência para aproveitar a estrutura única no Brasil que o clube lhe oferece e não deve ter problemas para armar o time no restantes dos jogos da temporada. O seu grande desafio vai ser montar a equipe de 2011, que provavelmente não deverá contar com jogadores como Miranda e Cleber Santana, além da já prevista saída de Jorge Wagner para o futebol japonês e da incógnita sobre uma negociação envolvendo Dagoberto, culpado após a semifinal da libertadores, mas em alta recentemente.

O time está incorporando o novo estilo, o bom humor voltou a tomar conta dos treinos no CT da Barra Funda e o grupo parece se consolidar mais a cada dia. Os discursos fracos e sem alma de que era preciso tomar alguma atitude ou de que a situação era complicada e precisavam de uma reação, deram lugar a pronuncias com o tom otimista e de confiança necessários no futebol. Sem soberba e com a sensação de poder e autoconfiança renovadas o time peregrina para a etapa final do campeonato buscando manter o bom momento nos próximos jogos.

Hoje o torcedor pode assistir aos jogos do tricolor sem a terrível sensação de desconfiança de quando enfrentamos o Corinthians no primeiro turno. Ainda que sem admitir seus erros desde a ultima temporada, a diretoria tem trabalhado para reerguer a imagem do São Paulo temporariamente denegrida ao longo de 2010.

Assistindo ontem na internet aos jogos da final da Libertadores e do Mundial de 2005 e a ultima partida dos brasileiros de 2006, 2007 e 2008 vi realmente o quão difícil é chegar ao final de um ano sem a emoção de estar disputando algum título. As belas imagens deixam saudades, como as feitas no Morumbi em 2005 nos 4×0 contra o Atlético-PR onde a torcida acendia sinalizadores e gritava o nome dos jogadores, ou em 2006 quando o meia Leandro subiu nas traves e saudou a torcida que cantava o hino do clube com o grito de “É campeão!”, ou ainda no domingo em que fomos hexacampeões onde Muricy batia nos braços diante das câmeras e da chuva que caia no estádio do Gama.

2010 foi o ano da desconfiança, dos erros e da reestruturação. Tudo isso será um passado distante do vitorioso em pouco tempo, mas a lição tem de ser aprendida e utilizada como motivação daqui pra frente.

Se depender do novo espírito que vem nascendo no grupo, Rogério Ceni e companhia comemorarão no ano que vem e todos os pertencentes a esta nação terão de volta a sensação real do grande clube que somos.

Saudações Tricolores!!!

Rafael Manzoli


O Desafio de Carpegiani na Sua Volta ao São Paulo

3 de outubro de 2010

Paulo Cesar Carpegiani é o nome escolhido por Juvenal Juvêncio para dirigir o clube do Morumbi nos gramados até o final de 2011.

O primeiro e grande desafio do novo treinador é dar cara a um elenco que atualmente é desencontrado em campo, sem qualquer demonstração de entrosamento e força para suportar uma competição de alto nível como a Libertadores da América, favorita dos torcedores tricolores.

Embora Carpegiani tenha sido apelidado de professor Pardal por escalar atletas fora de suas posições, um dos trabalhos que o time precisa é justamente o oposto. É preciso definir quem são seus titulares, zagueiros e laterais principalmente, além de um padrão de jogo.

Temos improvisações grotescas quando não a precisamos. Um exemplo tem sido a escalação de Rodrigo Souto na zaga titular. Com esse esquema a defesa são paulina tem sido vazada constantemente, inclusive em jogos que éramos favoritos, como o contra o Goiás há uma semana.

Até que ponto escalar um atleta fora de sua posição de origem é benéfico, sendo que o banco de reservas conta com jogadores aptos a exercer a função como Xandão, Renato Silva, Samuel e Bruno Ovini?

As laterais tem sido outro constante problema do time. A lateral esquerda nas ultimas partidas foi escalada com jogadores de origem, mas a direita é uma eterna dor de cabeça para os técnicos que passaram pelo Morumbi nos últimos tempos. Sem muitas opções no mercado, Wellington e Jean eram as peças usadas até a chegada de Ilsinho, mas as categorias de bases sequer foram citadas como possíveis fontes de solução.

O meio campo, com tantas opções que temos, é repleto de jogadores que estão longe de exibições como as de Jucilei e Elias.

Hoje nos damos ao luxo de Ricardo Oliveira e Fernandão se revezarem como titular. Dagoberto e Fernandinho também competem entre si, ambos roubando o lugar de promessas que arrebentaram na base como Henrique e Mazola, emprestados nessa temporada a Vitória e Guarani respectivamente e Lucas Gaucho, que é relacionado, mas ainda não estreou no time principal.

Essas escalações mirabolantes podem mostrar outro problema da direção técnica nos últimos tempos: O inchaço do elenco com jogadores de renome e apostas mal feitas da diretoria.

É evidente que o time precisa de uma reformulação, que aparentemente já está em andamento. Não acredito em muitas contratações para a próxima temporada, mesmo por que a utilização da base é um pedido de Juvenal e uma lista de dispensas e atletas para negociação provavelmente já está em pauta na diretoria.

O real desafio de Carpegiani é montar uma equipe compacta, entrosada e consistente. Toque de bola, funções bem definidas e objetividade são do que carecem o time atualmente.

O presente sombrio e um futuro promissor é a imagem do momento no Morumbi.

Ao torcedor cabe além do apoio ao time, esperar que 2010 termine o quanto antes e que logo no início do paulistinha 2011 tudo esteja definido.

Sendo realista, não deveremos ter muitos desafios na Copa do Brasil e talvez nem na Sul Americana. O Brasileirão deve ser prezado, mas provavelmente sirva mais como um teste para a Libertadores 2012, coisa que o Santos faz atualmente.

Concreta são as presenças de Rogério Ceni, Alex Silva, Lucas e Fernandão no time do futuro, as demais sete vagas ainda estão sendo desenhadas.

Saudações a toda a torcida tricolor.

Rafael Manzoli


O São Paulo de Hoje e o São Paulo do Amanhã

24 de setembro de 2010

O São Paulo obviamente passa por um processo de transformação.

Ao contrario dos outros grandes times da capital paulista, o tricolor tem um processo de mudanças rápidas e que com certeza renderão um bom futebol futuramente.

O Palmeiras a tempos é rodeado por renovações de elenco, mudança de patrocinadores e técnicos, mas o time continua sem engatar uma sequencia de bons resultados em campeonatos. O Corinthians também viveu uma fase conturbada na ultima década, oscilando entre títulos e o rebaixamento à série B no Campeonato Brasileiro de 2007, voltando desta com suas bases administrativas e de futebol fortificadas.

Enquanto seus principais adversários não mantinham uma freqüência de boas disputas, o São Paulo foi o time mais vitorioso do Brasil, lucrando uma Libertadores da América, um Mundial Interclubes da FIFA e três Brasileirões. Foram quatro anos consecutivos de grandes conquistas.

A queda dos resultados que vem ocorrendo desde 2009 acende o farol vermelho num clube como este, onde a organização e a disciplina sempre foram invejadas pelos adversários. O período glorioso que se estendeu até a conquista do hexacampeonato nacional foi construído através das bases levantadas desde a era Marcelo Portugal Gouvêa e o que se viu nso ultimos anos foi uma falta de renovação do time.

Uma sequencia ínfima de apostas mal feitas tanto no âmbito administrativo quanto no futebol levaram a equipe à decadência nas apresentações a torcida nos últimos tempos. Raramente vimos um time realmente entrosado em campo e mais raramente ainda escutamos comentários positivos sobre o clube.

A mão forte de Juvenal Juvêncio, a falta de um patrocinador efetivo, as transações de jogadores frustradas e o veto ao Morumbi para a Copa 2014 parecem ter sido o limite da tolerância. Hoje, ainda com o forte presidente que temos, mas com um patrocinador e com jogadores aguerridos o time começa a mostrar força novamente.

Não podemos ainda falar que a época dos excepcionais resultados que tivemos vai voltar para a próxima temporada, mas começamos a ver uma movimentação para a construção de uma nova base que deve gerar frutos.

Com ou sem Juvenal, mas sem as contratações alheias e com o novo time vindo boa parte da nossa base, o grupo são paulino tende a se fortificar. Os fundamentos e os trabalhos de longo prazo continuam fortes, não sendo um pequeno período como o vivido recentemente que fará toda uma nação entrar em parafuso.

Juvenal Juvêncio nesta semana disse um “Não” a Dorival Junior. Antonio Lopes e Luxemburgo também estão no mercado mas nenhuma afobação foi concretamente demonstrada por parte da diretoria tricolor. Algo deve estar por vir para o ano que vem, mas talvez nos custe a vaga na Libertadores do ano que vem.

A renovação é convicta. É uma exigência tanto da torcida, quanto da própria diretoria. Os resultados são cobrados e devem acontecer naturalmente, assim como desempenho futuro do time.

Não se pode falar em título brasileiro para este ano, mas temos que nos preocupar com a classificação para a Libertadores 2010. Caso esta não ocorra a Copa do Brasil transforma-se no objetivo direto do primeiro semestre de 2011 e para o segundo semestre talvez seja saudável jogarmos com toda a vontade e raça possível a Copa Sul Americana. Ambos não são torneios bem vistos pela torcida, mas são títulos que o clube ainda não possui além de ser uma forma de o elenco se fechar, ganhar exposição e competitividade, uma vez que são competições teoricamente mais faceis.

O São Paulo de hoje encerra um ciclo vitorioso e o de amanhã sinaliza uma nova era vitoriosa ao clube.

Saudações a toda a torcida tricolor!!!

Rafael Manzoli


Tal Pai, Tal Filho

15 de setembro de 2010

Casemiro é um atleta diferenciado. Chegou ao São Paulo com 11 anos e aos 18 já está carimbado no time titular, com créditos a Sérgio Baresi, treinador da promessa são paulina desde as categorias de base.

Mas não é só com base em seu futebol, muito bem apresentável nos jogos que disputou diga-se de passagem, que devemos julgar um atleta com a índole de quem pensa a frente.

Agradecido a tudo o que o clube tricolor fez por sua carreira ao longo de seus 7 anos de clube, Casemiro recusou ainda em 2010 uma proposta feita por seu empresário, Giuliano Bortolucci, para tentar se desligar judicialmente do clube.

Ao contrario de jogadores como Diogo e Lucas Piazon, que após o impasse voltaram para o clube, e de Oscar que atualmente é atleta do Internacional, Casemiro confirmou seu respeito a nação tricolor e continuou nas categorias de base, onde foi campeão da Copa São Paulo em 2010, e posteriormente promovido a equipe principal.

Em entrevista recente ao portal IG Esporte, Casemiro mostrou-se diferenciado mais uma vez, onde diz querer seguir os passos do nosso maior ídolo Rogério Ceni, além de dizer que, embora seja o sonho da maioria dos jogadores, não é necessário ir para a Europa para ser reconhecido:

“O maior exemplo é o Rogério Ceni, pela história que ele tem no clube. Ontem fomos assistir o filme soberano e, pô, o cara é conhecido mundialmente, o cara tem uma história dentro do clube muito bonita, chega até a arrepiar. Porque não fazer uma história que nem a dele dentro do clube? Nesse momento eu pretendo fazer uma história que nem a dele.”

Qualidades como esta não encontramos em qualquer jogador. Olhemos mais uma vez para Rogério: onde chegou, como chegou e o que representa para o futebol.

Rogério é o principal exemplo que temos hoje no futebol brasileiro de amor por uma camisa e de capacidade de liderança. Ele é referência para os garotos mais novos e para a torcida, que pretende vê-lo no futuro como  um dirigente de futebol ou até presidente do clube.

Todo este contexto de amor, experiência, dedicação, respeito e de desenvolvimento profissional é o que leva um time a ser vencedor. São ícones como Ceni e promessas como Casemiro que criam e renovam nosso elenco estabelecendo um forte vínculo com a torcida.

Um time não necessita de contratações caras e a preços irreais para compor seu elenco, basta formar atletas em sua casa, o que convenhamos o São Paulo tem enorme potencial.

Saudações tricolores a todos!!!

Rafael Manzoli


Rogério Ceni: 20 anos de São Paulo

8 de setembro de 2010

Não me preocupo em rasgar elogios a Rogério Ceni por seus 20 anos de São Paulo. De que outra forma podemos homenagear não apenas um jogador mas o maior ídolo são paulino por este feito?

Pessoa de personalidade indiscutível, Rogério promove como poucos o papel de líder no clube paulista, onde é respeitado por sua história como jogador e por seus feitos muitas vezes milagrosos, como as memoráveis defesas diante do duelo contra Liverpool em 2005.

Não bastassem seus 20 anos de clube, ele pode ser citado também pelo recorde no numero de partidas por um clube, por ser o maior goleiro artilheiro da história, pelos cobiçados títulos conquistados e, por fim de contas, pela sua grata imagem de ídolo.

Em seu blog Vitor Birner citou um importante e determinante fator da história de Rogério no São Paulo:

“No final de fevereiro [2004], pouco antes da derrota por 3×0 para a LDU, na primeira fase da Libertadores, em Quito, por 3×0, o presidente [Marcelo Portugal Gouvea] chamou Rogério Ceni para renovar o contrato.

O goleiro leu o documento e se assustou. Meio sem jeito, falou: “presidente, acho que tem algo errado ma multa”. E Marcelo Portugal Gouvea respondeu:

“Não, filho. Vou te explicar. Não sei se ganho a próxima eleição. Se o pessoal do Paulo Amaral voltar, é capaz de mandarem você embora, de não renovar seu contrato. Com essa multa fica inviável que alguém te contrate e que eles te mandem embora”

Rogério ficou emocionado. Assinou o contrato chorando.

A rescisão contratual, estipulada em dólares norte-americanos, se convertida em reais, era de cerca de R$ 100 milhões.”

Assim como essa, podemos citar tantas outras histórias de Rogério pelo São Paulo, mas é impossível escrever 20 anos de trabalho em poucas linhas. Prefiro que cada torcedor reflita sobre os melhores momentos em que já torceu pelo tricolor e mentalize quem está orientando o time debaixo das traves.

Parabéns Rogério e obrigado por seus 20 anos de dedicação e paixão ao clube. A torcida tricolor se honra de seu líder e agradece por seu empenho.

Rafael Manzoli



Manifestação Tricolor contra a CBF

3 de setembro de 2010

Rafael Manzoli


O Calvário Tricolor

27 de agosto de 2010

O São Paulo tem sofrido ao longo de 2010 com seu mau planejamento. Durante todo o Campeonato Paulista o time não embalou, começou o Brasileirão em um ritmo fraco com o argumento de o objetivo principal ser a Copa Libertadores da America e mesmo após esta não conseguiu mostrar um futebol convincente a sua torcida.

Os erros já haviam começado em 2009 na então demissão do nosso grande técnico Muricy Ramalho, tricampeão brasileiro (e a caminho de seu tetra campeonato talvez), que mesmo apoiado pela torcida não conseguiu segurar a pressão da diretoria após a terceira eliminação consecutiva numa quartas de final de libertadores diante de um clube brasileiro.

Ricardo Gomes chegou e levantou o time no Campeonato Brasileiro 2009, chegando as rodadas finais com pinta de campeão, porém sucumbiu em seus três últimos confrontos decisivos e deixou o troféu hexa-sãopaulino nas mãos do Flamengo.

Beliscamos uma vaga na Libertadores 2010 e vendo a fragilidade do elenco que tinha em mãos, a diretoria trouxe nada mais nada menos do que 13 reforços para dar corpo ao time.

Passamos pela primeira fase do torneio continental jogando com times tecnicamente inferiores, mas sem o tal show em campo. Já nas oitavas de final um confronto com o pior classificado para os mata-matas e um susto: decisão por pênaltis.

Com o susto superado e com a chegada de Fernandão para o ataque o São Paulo jogou como gente grande diante do Cruzeiro, tanto no Mineirão quanto no Morumbi e já esperávamos por uma final, afinal de contas o Internacional de Porto Alegre cambaleava nas mãos de Fossatti.

Pausa para a Copa do Mundo e o mundo tricolor começou a desabar.

O Inter voltou jogando e empolgando enquanto que o São Paulo mal conseguia empates em seus confrontos. Fernandão, o grande nome contra o Cruzeiro, já não atuava com o mesmo futebol. Com isso a técnica tricolor transformou-se apenas em raça.

Um time sem ímpeto entrou em campo na primeira partida das semis. Renan, goleiro contratado na intertemporada, mal trabalhava e a derrota por 1×0 ficou barato o bastante para acreditarmos que no Morumbi nós mandávamos. E realmente mandávamos com a vitória por 2×1, mas vimos o Inter gritar “O Morumbi é nosso!”.

Ricardo Gomes não teve o contrato renovado e com Sérgio Baresi interinamente no comando não vimos o time ganhar um jogo sequer. O estopim para a “crise” tricolor foi a derrota humilhante por 3×0 sofrida para o Corinthians na semana passada.

Desde então todo o tal planejamento tem sido colocado a prova e os acontecimentos tem provado que erros graves aconteceram.

As saídas de Washington, André Luis e Léo Moura, além da já acertada saída de Jorge Wagner e do empréstimo de Marcelinho Paraiba ao Sport mostram a desorganização técnica da diretoria. Cleber Santana que já teria acertado com o Fluminense não foi liberado pelo Altétco de Madrid, detentor de 50% de seu passe, e voltou ao time com status de titular. Carlinhos Paraíba foi outro que retornou após ser barrado em exames médicos pelo Goias.

Algumas de nossas promessas das categorias de base foram emprestadas, além da jóia Oscar ter conseguido sua rescisão e ter acertado um contrato com o Inter. Essas categorias consomem milhões de reais em investimentos todo ano e não conseguimos formar nem um lateral direito ou um meia armador. Escutamos apenas que são diamantes a serem lapidados.

A demissão do fisiologista Dr. Turíbio, o evidente descontentamento de Marco Aurélio Cunha e o recente episódio com Dagoberto reforçam a péssima imagem que tem sido passada a toda mídia. O mandatário Juvenal Juvencio nunca foi tão questionado diante de episódios passados envolvendo a FPF, a CBF e o Corinthians.

Com tantos argumentos contra um planejamento eficaz da diretoria, podemos culpar Muricy pelas eliminações nas libertadores?

Podemos culpar Washington, que está arrebentando no Flu? Mazola e Renan, das categorias de base, são destaques na campanha do Guarani neste Brasileirão e não tinham a experiência necessária para serem jogadores do São Paulo. Henrique, no Vitória da Bahia, recentemente marcou 2 gols na sua estréia pelo time contra o Santos. Ao contrário trouxemos para a temporada jogadores que já passaram do auge da carreira, sem a honra que um prata da casa tem e por isso vemos esse time apático e sem alma em campo.

A diretoria tem que admitir seus erros e colocar o time realmente nos eixos. O rebaixamento é logo ali e times grandes caem, assim como Palmeiras, Corinthians, Grêmio e Atlético-MG. Não estamos a ponto de zombar do brilhante time vice líder Corinthians e mesmo que o fizéssemos por birra, como justificar a colocação de um modesto Ceará ou Avaí na tabela?

Falta garra não aos jogadores, mas para a diretoria, que se acostumou com a bonança construída entre 2005 e 2008. Quem paga é o torcedor.

Rafael Manzoli